Oportunidade

24 de set. de 2011

Soneto da Mágoa

Soneto da Mágoa

Ai!Se soubesses com que mágoa
Eu uso esse terror de amar-te
Sem poder nem dizer-te que te amo
De confuso de tão senti-lo, nem o amor perder

Se soubesse com que ódio
Não saber falar-te do que quero, me escuso....
(Fernando Pessoa)

Entenderias que nesse escrever
Revivo a alma de um poeta luso
Porque te amo como quem te odeia
Como se o Cristo ao fim daquela ceia
Beijasse o rosto do seu traidor
E te desprezo como quem tonteia
Como se o sal que corre em tua veia
Fosse a semente desse nosso amor.
(José Paulo Cavalcanti)

Soneto da Mágoa (Fernando Pessoa, completado pelo advogado e ex-Ministro do TST José Paulo Cavalcanti)






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